ATO 2
(2014 - HOJE)
Gestão
Por José Henrique
A partir da reinauguração em 2014, o São Luiz se tornou um dos oito equipamentos culturais da Secretaria de Cultura do Estado geridos pela organização social Instituto Dragão do Mar (IDM). Uma Organização Social (OS) é uma associação privada sem fins lucrativos que recebe recursos do Estado para prestar serviços de interesse público. Dos oito equipamentos geridos pelo IDM, seis estão localizados em Fortaleza. Junto ao São Luiz, estão o Centro Dragão do Mar, o Porto Iracema das Artes, a Vila das Artes, o Centro Cultural Bom jardim, e a Escola de Artes e ofícios Thomaz Pompeu Sobrinho.
Com capacidade para 1050 lugares e uma média de público de 231 pessoas por sessão, o São Luiz se tornou referência em cinema de rua no Ceará, representando uma resistência frente aos cinemas e teatros do circuito comercial. Segundo o relatório de gestão anual referente a 2017, o Cineteatro recebeu mais de 184 mil espectadores em um total de 666 atividades.
Financeiramente, o recurso recebido pelos equipamentos culturais do Estado é repassado do Governo do Estado para a Secretaria de Cultura do Ceará (Secult). O valor é calculado com base num plano de gestão anual feito pela diretoria do Cineteatro São Luiz em conjunto com o Instituto Dragão do Mar.
“Cada equipamento tem uma natureza diferente e uma estrutura diferente, então os recursos são muito definidos a partir dessa estrutura, a partir da sua natureza e do seu tempo também de atuação”, afirma Suzete Nunes, Secretária Adjunta de Cultura. “Hoje, se você pegar dentro do conjunto dos 40 milhões do contrato de gestão, você vai encontrar recursos maiores nos equipamentos de maior porte - que é o caso do Centro Dragão do Mar onde se aporta o maior recurso, seguido da Escola Porto Iracema e Cineteatro São Luiz, e depois o Bom Jardim”.
Em 2017, o São Luiz recebeu um investimento de cerca de quatro milhões de reais - número que passou para cinco milhões em 2018. Os valores são relativos ao contrato de gestão, criados com a parceria do Instituto Dragão do Mar. Fabiano Piúba, Secretário de Cultura do Estado, esclarece que, no caso do São Luiz, o contrato de gestão é voltado para as seguintes metas: custeio, manutenção, pessoal, e também à parte de programação. “O que não impede de se buscar parcerias ou outros projetos. Nós temos um projeto aprovado na Lei Rouanet, dos 60 anos, e a publicação de um livro. Então, a gente vai buscando captação de outros recursos, além da receita própria que o São Luiz pode gerar através da bilheteria”, afirma Piúba.
Segundo o relatório de gestão do São Luiz, em 2017, o valor obtido por receita própria chegou a mais de 155 mil reais - um aumento de cerca de 63% em relação ao ano anterior. Essa verba é direcionada para melhorias no equipamento e para aquisições necessárias na manutenção e no incremento da programação do Cineteatro.